Sepultamento do Papa Francisco mobiliza o planeta
A importância religiosa, política e histórica do cargo
O Papa Francisco será sepultado neste sábado, 26 de abril de 2025, no Vaticano. A morte do pontífice, ocorrida nesta semana, mobilizou milhões de pessoas ao redor do mundo e gerou uma onda de comoção tanto no meio religioso quanto nos campos político e histórico. Não é por acaso: a morte de um papa é um evento que carrega simbolismos profundos e repercussões globais.
No contexto religioso, o papa é o líder máximo da Igreja Católica, a maior denominação cristã do mundo, com mais de 1,3 bilhão de fiéis. Para os católicos, o papa é o sucessor de São Pedro, escolhido para guiar espiritualmente a Igreja e ser uma referência de fé, moral e unidade. Sua morte representa não apenas a perda de uma liderança espiritual, mas também um momento de transição delicada, marcado por rituais centenários e pelo início do processo de eleição de um novo pontífice.
No plano político, o papa é também chefe de Estado do Vaticano, a menor e uma das mais influentes nações do planeta. A atuação diplomática da Santa Sé tem impacto em temas como direitos humanos, conflitos internacionais, migração, mudanças climáticas e promoção da paz. Francisco, em particular, ampliou a presença política do papado ao abordar questões sociais urgentes, como pobreza, desigualdade e preservação do meio ambiente.
Sob o aspecto histórico, cada papa deixa uma marca particular em seu tempo, e Francisco não foi exceção. Primeiro pontífice latino-americano da história, ele trouxe novos ares para o Vaticano, defendendo uma Igreja mais aberta, inclusiva e voltada para os pobres. Seu papado rompeu com tradições formais em vários momentos e buscou aproximar a Igreja de temas contemporâneos, o que provocou tanto aplausos quanto resistências internas.
Por tudo isso, a morte de um papa transcende o âmbito religioso e toca também as dimensões políticas e culturais. O momento é visto como o encerramento de um ciclo e o prenúncio de novos rumos para uma instituição que, mesmo com dois milênios de existência, continua a desempenhar um papel central no cenário mundial.
Everaldo Goes / Feira Hoje
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FH, 26/04/25