Israel promete interceptar barco com Greta Thunberg rumo à Faixa de Gaza
A embarcação tem bandeira britânica
A notícia está em órgãos de comunicação de diversos países. Neste domingo (8), o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, instruiu as Forças de Defesa de Israel (FDI) a “tomarem todas as medidas necessárias” para interceptar o barco Madleen, da coalizão Freedom Flotilla, que tenta romper o bloqueio naval à Faixa de Gaza. A embarcação, com bandeira britânica, deixou Sicília em 1º de junho e transporta uma carga simbólica de alimentos — arroz, leite em pó e medicamentos — com o objetivo de denunciar a situação humanitária no território palestino.
Entre os tripulantes, está a ativista sueca Greta Thunberg, conhecida mundialmente pela luta contra as mudanças climáticas. A bordo viajam ainda parlamentares europeus, militantes de direitos humanos e jornalistas. A missão visa abrir um “corredor humanitário” e atrair atenção à crise alimentar em Gaza, onde mais de 2 milhões de pessoas vivem sob severa escassez.
O governo israelense classificou a Flotilla da Liberdade como uma “flotilha de ódio” e acusou os organizadores de colaborar com o Hamas, ressaltando que qualquer tentativa de romper o bloqueio será considerada ameaça à segurança nacional. Katz declarou que a missão não será permitida, afirmando que os ativistas “não chegarão a Gaza” e alertou que há risco de intervenção militar, incluindo desvio do barco para o porto israelense de Harod ou Ashdod.
Esta ação recorda o trágico episódio da flotilha de 2010, quando as FDI abordaram o navio turco Mavi Marmara e 10 ativistas morreram. Embora a operação atual tenha caráter declaradamente pacífico, as abordagens anteriores aumentam a tensão. A coalizão denunciou possíveis interferências no sistema de comunicação do Madleen e teme intervenção militar iminente. As autoridades do grupo afirmam que, mesmo em águas internacionais, estão sendo monitorados e podem ser impedidos de continuar — enquanto defensores do movimento alertam que obstruir esta missão poderia constituir violação do direito internacional humanitário.
08/06/25