Homem agride companheira e diz que foi o cachorro

Em Miguel Pereira, no Centro-Sul Fluminense, um homem foi preso em flagrante nesse domingo (25) após agredir brutalmente a companheira e tentar encobrir o crime com uma desculpa que não se sustenta em pé — nem em quatro patas. Segundo ele, os ferimentos da mulher teriam sido causados por mordidas do cachorro do casal.

A versão começou a ruir assim que a vítima deu entrada em uma unidade hospitalar com sinais claros de espancamento. A equipe da 96ª Delegacia de Polícia, ao ser informada da internação, foi até o local para verificar a ocorrência. O homem, que acompanhava a mulher, tentou desviar o foco com a explicação sobre o cão. Mas os hematomas, cortes e inchaços falavam outra língua — a da violência doméstica.

Os agentes, experientes em casos semelhantes, desconfiaram da história desde o início. O padrão das lesões — marcas de socos, tapas e pontapés — era incompatível com qualquer ataque animal. A própria vítima, mesmo fragilizada, confirmou ter sido agredida pelo companheiro, desmontando a farsa construída por ele.

O homem foi autuado em flagrante por lesão corporal, ameaça e violência doméstica. A prisão não apenas garante uma resposta imediata à agressão, como também mostra a importância de investigações rápidas e criteriosas nesses casos. Tentativas de manipular a narrativa são comuns em episódios de violência doméstica — e reforçam a necessidade de escuta ativa às vítimas, análise técnica e ação firme por parte das autoridades.

Não foi o cachorro. Foi o machismo de sempre, disfarçado de mentira mal contada.