Fifa reforça combate ao racismo com novo Código Disciplinar
A Fifa publicou nessa quinta-feira (29) seu novo Código Disciplinar, com mudanças no enfrentamento ao racismo no futebol. O artigo 15, intitulado ‘Discriminação e Racismo’, atualiza e amplia o protocolo já existente desde o ano passado. A partir de agora, qualquer jogador ou membro das equipes pode comunicar ao árbitro um caso de racismo em campo. Com essa sinalização, o juiz deverá aplicar imediatamente as etapas do protocolo, ou seja, paralisação, suspensão ou, em último caso, encerramento da partida.
A mudança amplia a responsabilidade coletiva e visa dar mais agilidade às respostas contra atos discriminatórios. Antes, a decisão de aplicar o protocolo dependia apenas do árbitro, que precisava identificar o episódio. Agora, basta que a denúncia parta de alguém em campo para que a arbitragem aja. Se as ofensas persistirem, a partida poderá ser interrompida ou encerrada.
Durante o Congresso da Fifa, realizado em 15 de maio em Assunção, no Paraguai, o presidente Gianni Infantino reafirmou o compromisso da entidade com a luta antirracista. “Racismo não é só um problema do futebol, é um crime. Por isso, estamos trabalhando com governos e com a ONU para garantir que a legislação penal de cada país também trate o racismo com o rigor necessário”, declarou.
O novo Código também amplia os poderes da Fifa para atuar em casos de omissão. A entidade passa a ter prerrogativa de recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) contra decisões em processos de abuso racista. Além disso, poderá intervir diretamente nos casos em que uma federação nacional não investigar ou punir adequadamente os responsáveis por atos de discriminação.
Feira Hoje, com informações da EBC
30/05/25