Saúde 12 de agosto de 2024

Antivenenos produzidos pelo Butantan são distribuídos pelo SUS

Clériston Andrade é um dos hospitais de referência na Bahia. Veja lista de hospitais que possuem soros que tratam acidentes com picadas de cobra, escorpião, aranha e lagartas podem ser encontrados em unidades de referência em todo o Brasil

É na hora da picada de aranha, cobra, escorpião ou lagarta que fazemos esta pergunta: onde eu consigo o soro antiveneno? A indicação médica é procurar o serviço de saúde mais próximo do local do acidente, de preferência com o animal armazenado em algum recipiente fechado ou uma foto nítida dele para ajudar no diagnóstico. Se não houver soro disponível neste local, o paciente deverá ser transferido para uma unidade de referência, onde receberá o tratamento.

O Instituto Butantan é o maior produtor de soros antiveneno do país, mas não fornece soros diretamente para a população. Os soros antiveneno produzidos no Brasil são distribuídos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Podem estar disponíveis em hospitais públicos, filantrópicos ou privados, desde que seja garantido o tratamento sem custo ao paciente. O Butantan é sede de um deles, o Hospital Vital Brazil (HVB), referência em atendimento de picadas com animais peçonhentos.

Veja a lista de hospitais de referência no Brasil.

Hospitais de Referência para Atendimento – Bahia

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo (CIEVS) também disponibiliza um mapa com a localização dos hospitais de referência em São Paulo. Veja aqui.

“Nós temos a clareza que os soros antiveneno produzidos pelo Instituto Butantan devem estar acessíveis às populações que necessitam. À medida que contribuímos para aumentar essa acessibilidade, estamos cumprindo a nossa missão, que é estar a serviço da vida”, afirma a diretora técnica de produção de soros do Instituto Butantan, Fan Hui Wen.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes ofídicos afetam mais de 5 milhões de pessoas no mundo. Destes, até 2,7 milhões adoecem e quase 140 mil evoluem a óbito. Estes acidentes também podem deixar sequelas físicas e psicológicas. As picadas de cobra acarretam três vezes mais amputações e outras deficiências permanentes anualmente, que incluiu o ofidismo no rol de doenças tropicais negligenciadas.

No Brasil e na América Latina, os envenenamentos por serpente são um sério problema de saúde pública. Esses animais foram notificados como responsáveis por quase 30 mil registros no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em 2022. Os estados que mais notificaram acidentes ofídicos foram Pará, com 5.695 (19,28%), Bahia, com 3.002 (10,16%) e Minas Gerais, com 2.880 (9,75%), segundo dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde.

Fonte: Butantan 

FH, 12/08/24

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