Mundo 30 de setembro de 2015

Papa reitera que todos os responsáveis da Igreja por abusos sexuais prestarão contas

A última jornada da viagem apostólica do Papa Francisco, a Cuba e Estados Unidos, incluiu um encontro, no Seminário São Carlos Borromeo, na Filadélfia [EUA], com cinco pessoas – três mulheres e dois homens – vítimas de abusos sexuais por parte do clero ou de membros de suas famílias e educadores, quando eram menores de idade. Os acompanhava o cardeal Sean O´Malley, arcebispo de Boston e presidente da Comissão instituída pelo Sumo Pontífice para a defesa dos menores; o arcebispo da Filadélfia, Charles Chaput; e o bispo auxiliar Michael Joseph Fitzgerald, responsável pelo escritório dessa diocese para a defesa dos menores.

Durante o encontro, que durou meia hora, Francisco escutou as vítimas dos abusos, falou com eles em grupo e depois com cada um individualmente. Rezou com todos, manifestando-lhes sua participação no sofrimento de que padeciam, assim como seu pesar particular e a vergonha por essas feridas que lhes haviam causado os membros do clero ou os colaboradores eclesiais.

As palavras não podem expressar, plenamente, a minha dor pelo abuso que sofreram. (…). Estou profundamente condoído porque sua inocência foi violada por aqueles em quem confiavam. Em alguns casos, a confiança foi traída pelos membros de sua própria família, em outros casos, por membros da Igreja, sacerdotes, que tinham uma responsabilidade sagrada para com o cuidado das almas. Em todas as circunstâncias, a traição foi uma terrível violação da dignidade humana”, disse o Papa.

Para aqueles que foram abusados por um membro do clero, Francisco lamentou as vezes em que eles/as ou suas famílias denunciaram os abusos, mas não foram escutados ou acreditados. “Saibam que o Santo Padre os escuta com sua responsabilidade de proteger os menores. É muito inquietante saber que, em alguns casos, os próprios bispos eram os próprios abusadores. Comprometo-me a seguir o caminho da verdade, aonde quer que nos possa levar. O clero e os bispos terão que prestar contas de suas ações, quando abusarem ou não protegerem os menores”.

Fonte: www.adital.com.br

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