Feira e Região 5 de julho de 2017

Observatório da Cidade deve subsidiar políticas públicas, aponta conferencista

A criação de um Observatório da Cidade deve considerar as múltiplas dimensões da vida que se desenvolvem no espaço urbano. Nesse processo, as universidades devem atuar como instituições parceiras e dinamizadoras das gestões, realizando estudos e promovendo discussões que contribuam para a construção de políticas públicas. É o que o propõe José Borzacchiello da Silva, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), que proferiu hoje (04) a conferência de abertura do Repensar Feira, seminário organizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que tem o objetivo de debater questões relacionadas à vida do município e estruturar o Observatório da Cidade.

“A cidade pressupõe a condição de cidadão e a cidadania. E ser cidadão é ter direito à moradia, à saúde, à educação e à mobilidade” exemplificou José Borzacchiello. Segundo ele, cerca de 80% do espaço urbano é destinado à moradia e, assim, torna-se necessário pensar como os moradores tem acesso à rede de serviços essencial à vida na cidade. “Pensar a cidade é, essencialmente, pensar o uso do solo. E o solo urbano constitui propriedade, seja

José Borzacchiello da Silva

José Borzacchiello da Silva

privada ou de instituições”, afirmou, ressaltando a necessidade de se discutir essa dimensão como questão fundamental.

O professor ressaltou a importância das prefeituras na produção da política urbana, já que é ela a responsável pela normatização do espaço e por grande parte das intervenções. “A universidade pode atuar oferecendo o conhecimento científico necessário para essas intervenções. Conhecimentos diversos são essenciais em qualquer intervenção”, observou.

Ele disse que a instituição de um observatório exige a percepção das mudanças e a captura dos movimentos de transformação. “É preciso perceber a reconfiguração urbana e como a cidade vai acompanhar essa reconfiguração”, sugeriu. Ele destacou também a importância da região e dos fluxos de pessoas em direção a Feira de Santana, o que configura sua condição de metrópole, mesmo estando próxima de Salvador.

Diálogo

Na abertura do evento, o reitor da Uefs, Evandro do Nascimento, apontou os benefícios para a cidade do diálogo com a universidade e, também, com o acesso ao conhecimento científico produzido pela instituição. “O Observatório da Cidade deve trabalhar também com a pesquisa e a extensão”,

Secretário de Meio Ambiente de Feira de Santana, Sérgio Carneiro, reitor da Uefs, Evandro Nascimento e a vice-reitura, Norma Almeida

Secretário de Meio Ambiente de Feira de Santana, Sérgio Carneiro, reitor da Uefs, Evandro Nascimento e a vice-reitora, Norma Almeida

apontou o reitor.

A vice-reitora da Uefs, Norma Lúcia de Almeida, informou que até o final do ano o site do observatório deve estar no ar, disponibilizando para a comunidade conhecimento produzido pela Uefs e pela comunidade externa. A ideia é que o observatório engaje atores diversos da sociedade, incluindo movimentos sociais.

“A Uefs sempre esteve presente em momentos importantes da vida de Feira de Santana”, apontou o secretário municipal de Meio Ambiente, Sérgio Carneiro, representando a prefeitura. Ele citou a elaboração dos Cadernos Feirenses, ainda na década de 1980, como uma das iniciativas na área de planejamento urbano.

Membros da comunidade universitária e estudantes do Colégio João Paulo I prestigiaram a abertura, que aconteceu no anfiteatro, no módulo 2. Amanha (05), o Repensar Feira prossegue com mesa redonda sobre Meio Ambiente pela manhã e apresentação de trabalhos à tarde, no auditório 3, no módulo 4.

Confira a programação completa aqui

Texto: André Pomponet / Uefs
Feira de Santana, 4 de julho de 2017

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