Digaí, Bahia! 7 de fevereiro de 2018

Em nota, sindicato dos professores da Uefs afirma que arrocho salarial é o maior em 20 anos

(Assessoria/Adufs) – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou 2017 com alta acumulada de 2,95%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado, combinado com a política do governo Rui Costa de achatamento dos salários, impôs aos professores das universidades estaduais baianas, de 2015 a 2017, uma perda de 21,1%. Este é o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos, segundo estudo realizado pela diretoria da Adufs.

A gênese do problema enfrentado pelos docentes parece ser a falta de vontade política do governador em tratar as demandas da categoria. Já em 2015, ano no qual assumiu o mandato, Rui Costa negou-se a garantir a reposição da inflação e a conceder aumento salarial. Em 2016, alegou que a Bahia, diante da crise econômica mundial, não teria condições financeiras de efetuar o reajuste linear. A justificativa do déficit nas contas públicas foi utilizada em 2017, quando mais uma vez o direito (pagamento da reposição) foi negado e o salário do servidor manteve a trajetória de perda crescente do poder de compra.

Agora, o cenário parece se repetir em 2018. Seguindo a prática dos três últimos anos, os gestores continuam com o silêncio sobre o pagamento da reposição inflacionária e do reajuste salarial. A pauta de reivindicações foi entregue em dezembro do ano passado. No documento, o Fórum das ADs exige, entre outras itens, a reposição integral da inflação referente aos anos 2015-2017, mas, até então, a categoria continua sem respostas.

É importante deixar claro que a reposição não é uma vantagem financeira para os servidores públicos, mas uma garantia de que seus salários não serão corroídos pela inflação. Está previsto na Constituição Federal e tem como data-base o mês de janeiro.

Trabalhador não é prioridade

A diretoria da Adufs entende que é incongruente o governo Rui Costa negar-se a garantir direitos previstos por lei aos servidores, manter o silêncio sobre a pauta 2018, porém anunciar investimentos vultosos que beneficiam aos grandes empresários, como o gasto de, aproximadamente, R$ 70 milhões no carnaval de Salvador deste ano. Pelo que indicam os fatos, os direitos dos trabalhadores têm sido negligenciados em função da prioridade dos gestores em conceder benesses à iniciativa privada. “O maior arrocho salarial em 20 anos. Essa será a marca deste governo”, avaliou o diretor da Adufs, Gean Santana.

Diante do recrudescimento dos ataques, o cenário que se avizinha exigirá força da categoria. Por isso, é importante que os docentes fortaleçam ainda mais o sindicato, colaborando com propostas e com a construção das mobilizações. Disposta à luta, a diretoria da Adufs, em conjunto com os diretores das demais associações docentes, irá intensificar as ações para forçar os gestores a apresentarem uma solução às pautas dos professores das universidades estaduais.

O que mais subiu em 2017
Com a inflação acumulada em 2,95%, ano passado, houve aceleração na taxa de itens essenciais à vida dos brasileiros e importantes na mesa de milhares de famílias. Os que tiveram maior variação de preço no ano, ou seja, que ficaram mais caros em 2017, foram os grupos de alimentos e bebidas, de -0,38% em novembro para 0,54% em dezembro, e de transportes, de 0,52% para 1,23%, no mesmo período.

Carnes, frutas, frango e pão estão na lista dos gêneros alimentícios que mais aumentaram de preços. Representam, respectivamente, um aumento de 1,67%, 1,33%, 2,04% e 0,67%. Com os índices, o poder de compra do trabalhador, já bastante penalizado por salários defasados, reduz drasticamente.

7/2/18

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